Caminha de forma despretensiosa, com passos tortos. Logo na primeira conversa a gíria prevalece, leia-se: a cada dez palavras trocadas, ao menos metade é pura gíria.
- Olá, tudo bom?
-Blz.
-Quer dizer que você ama a música reggae?
- Êêêêêaaaaa!!! Reggae é bala. Tem uma parada que não se explica, é vibração...
E a conversa continua nesse ritimo.
Diferente do que a história da música no Brasil conta, há uma nova forma e geração que vêm aderindo ao movimento Reggae. Há algum tempo, o simples fato de se referir ao ritmo africano, à imagem era quase que consensual: rastafary. Homens de longos dreads, dança estranha, cabelos que mais parecem esponjas marítimas, sandália de dedo (geralmente de couro), e calças largas, no estilo capoeirista.
E mais, os “rasta” tão conhecidos pela fala arrastada, às vezes chega a irritar os mais estressados, e claro, as marcas nos dedos e olhos deixadas pela Erva de Jah. Esse é o “modelo” mais clássico do amante da música Reggae. Pelo menos o que foi disseminado pelo mundo a fora.
Mas ele não se enquadra nesse perfil, o que o assemelha aos “rasta” é sem dúvida a paixão e o vicio pelo estilo. A música de Bob vai com ele aonde quer que esteja. Seu repertório é amplo: Bob Marley, Peter Tosh, Ponto de Equilíbrio, Adão Negro, Edson Gomes e por ai adiante.
Ele consome reggae o dia inteiro. Não tem hora nem lugar. É Reggae no café, no almoço e no jantar. Quando vai a praia tem que ouvir, quando volta é Reggae. No caminho da faculdade... Há se ele não é rasta não tem problema, o mais importante é que pelo Reggae e para o Reggae ele vive.
Como ele, tantos outros jovens estão se rendendo a música que nasceu na Jamaica.
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